Grumec Marinha: quem são os Mergulhadores de Combate

A história do Grumec da Marinha começou longe daqui. Foi em 1964, quando quatro militares brasileiros seriam os primeiros da história a concluir o curso dos Seals norte-americanos, sendo dois oficiais e dois praças. O resultado foi tão bom que o Comando da Marinha decidiu investir em seu próprio curso em 1970.

De lá para cá, a unidade de elite foi se aperfeiçoando, recebendo diferentes denominações e agregando novas técnicas e ferramentas.

A verdade é que ser um Grumec confere enorme prestígio ao militar, semelhante ao que se observa com os fuzileiros que ostentam o curso de Comandos Anfíbios (Comanf).

Mas, para ser Grumec, há um longo mar para navegar, como veremos neste conteúdo. Vem comigo que no caminho te explico!

Quem são os Grumec da Marinha?

Assim como outras tropas especiais, como os Comanfs, Comandos do Exército e Para Sar, os Grumec, ou Mergulhadores de Combate (MeC), compõem uma força de elite dentro da Armada.

Trata-se de um grupamento, uma unidade militar cuja sede se localiza no Complexo Naval do Mocanguê, em Niterói, sede da Esquadra Brasileira.

Os Grumec são subordinados ao Comando da Força de Submarinos (ComForS), um comando naval composto por:

Quais militares podem ser Grumec?

O curso de formação de Mergulhadores de Combate é exclusivo para os militares da Armada que tenham se formado nas Escolas de Aprendizes Marinheiros ou na Escola Naval. Nem mesmo fuzileiros navais podem fazer o curso.

Isso se explica principalmente porque, diferentemente dos mergulhadores de outros países, os Grumec focam suas operações em ambiente aquático, que pode ser no mar ou em cursos de água doce, ainda que possam ser empregados em missões terrestres. 

Um exemplo disso foi quando os Mergulhadores de Combate foram enviados para o Haiti, quando a Marinha do Brasil veio a integrar a partir de 2004 a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).

Mais: o que você precisa saber sobre o concurso para a Escola de Aprendizes Marinheiros!

Qual o salário de um Grumec Marinha?

Os militares das três Forças não recebem apenas os seus respectivos soldos.

Essa é, na verdade, a remuneração básica do militar, à qual são acrescidos bônus e gratificações previstas na tabela de remuneração da Marinha.

São adicionais pagos a título de compensação por condições extremas de trabalho, tempo de serviço e tipo de unidade, entre outros critérios.

No caso dos Grumec, existem pelo menos dois adicionais de compensação orgânica acrescidos ao contracheque: o de Imersão e o de Mergulho.

Veja abaixo quanto cada graduação pode receber:

GraduaçãoSoldoAdicional ImersãoAdicional Mergulho
Suboficial e SubtenenteR$ 6.169,00R$ 644,91R$ 1.136,84
Primeiro-SargentoR$ 5.483,00R$ 582,61R$ 999,32
Segundo-SargentoR$ 4.770,00R$ 572,75R$ 854,27
Terceiro-SargentoR$ 3.825,00R$ 581,74R$ 682,44
Cabo (engajado) e Taifeiro-MorR$ 2.627,00R$ 399,08R$ 504,78

Que tipo de atividades eles fazem?

Os Mergulhadores de Combate são uma força de altíssima especialização, capacitados para cumprir missões de grande complexidade em ambiente aquático, ribeirinho e terrestre.

A exemplo do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, o Grumec é dividido em subunidades, que no caso são:

  • Equipes de operações especiais Alfa, Bravo e Charlie
  • Grupo Especial de Retomada e Resgate/Mergulhadores de Combate (GERR-Grumec)
  • Grupo de Desativação de Artefatos Explosivos (DAE)
  • Equipe de Reconhecimento

Confira a seguir com mais detalhes o que cada um desses destacamentos pode fazer.

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Reconhecimento

Toda força de ação militar realiza algum tipo de reconhecimento prévio do terreno onde vai atuar.

Os Mergulhadores de Combate, nesse caso, podem se infiltrar a partir do mar ou cursos d’água para realizar operações de identificação de instalações inimigas.

Também podem ser acionados para avaliar os riscos de se operar em um terreno, chegando em terra partindo de um meio aquático.

O naipe de missões pode variar bastante, já que os Grumec são normalmente designados para cumprir missões não convencionais.

Lembrando que todo Grumec é também um paraquedista, portanto, ele está capacitado a realizar saltos em pontos distantes do território inimigo para posterior reconhecimento. 

Desarmamento de bombas

Felizmente o Brasil é um país no qual os atentados a bomba não são comuns.

Mas, se fossem, certamente poderíamos contar com a habilidade dos Mergulhadores de Combate no desarmamento de explosivos, caso fossem requisitados pelas forças policiais.

A formação para isso acontece no Curso Expedito de Desativação de Artefato Explosivo (C-EXP-DAE), que faz parte dos cursos realizados no CIAMA.

Outro curso lecionado no CIAMA complementar ao de desativação de bombas é o Curso Expedito de Demolição Submarina (C-EXP-DEMO), que como o nome revela, capacita militares a destruir alvos submersos.

Contraterrorismo

O que aconteceria se um grupo de radicais extremistas viesse a sequestrar uma autoridade brasileira, mantendo-a refém em uma embarcação em alto mar?

Essa provavelmente seria uma missão para os Mergulhadores de Combate, que tem como uma de suas especialidades as ações de contraterrorismo, concentradas nos militares do GERR-Grumec

Uma curiosidade é que, para fazer parte desse grupamento especial é necessário ser MeC há, pelo menos, dois anos. 

Faz sentido, afinal, uma missão desse tipo é de altíssimo risco, exigindo para o seu cumprimento não só o preparo, mas a experiência.

Retomada e resgate

O GERR-Grumec é também responsável pelas missões de retomada e resgate, que podem ser de pessoas ou de instalações.

As retomadas podem ser de unidades militares ou civis, como por exemplo, as plataformas de petróleo.

Desde que haja a necessidade de uma infiltração por via aquática em uma situação de risco à vida, os Grumec podem ser mobilizados para retomar uma propriedade. 

Missões de paz

Como vimos, os MeC fizeram parte da MINUSTAH, a última grande missão de paz de que as Forças Armadas brasileiras fizeram parte.

Embora a Marinha tenha enviado majoritariamente os fuzileiros, para certas operações houve a designação de MeCs em complemento às ações terrestres.

Também podem atuar em conjunto com as forças navais de outros países que estejam precisando de apoio militar.

Uma dessas missões aconteceu no Líbano, quando os Grumec foram acionados para auxiliar a Marinha libanesa no combate ao tráfico de armas pelo seu litoral.

Quais as diferenças entre Grumec e Comanf?

Ainda que o treinamento de Grumecs e Comanfs sejam muito parecidos no que diz respeito à dureza, tratam-se de forças especiais com finalidades ligeiramente distintas.

Os MeCs agem sobretudo no mar, podendo inclusive atuar submersos, sabotando submarinos e embarcações, ou simplesmente se deslocando com equipamento de mergulho em grandes profundidades.

Essa é uma habilidade exclusiva dos Mergulhadores de Combate que, como vimos, só podem ser egressos das fileiras da Armada.

Por sua vez, os Comandos Anfíbios atuam principalmente em terra, embora seus deslocamentos possam também ser feitos pelo mar, sempre embarcados.

Qual o lema dos Grumec?

Ser um mergulhador de combate é uma tremenda responsabilidade e uma função para pouquíssimos militares.

Tanto que seu lema “Fortuna Audaces Sequitur”, ou seja, a Sorte Acompanha os Audazes, reflete o espírito guerreiro de seus integrantes e o risco das missões para que são designados.

Grumec Marinha: como ingressar?

O curso de formação de MeC como conhecemos hoje foi inaugurado em 12 de dezembro de 1997, pela Portaria nº 371, quando fundou-se o Curso de Aperfeiçoamento de Mergulhador de Combate para Oficiais. 

Sua primeira turma se formou em dezembro de 1998 e, desde então, a rotina de treinamentos extremamente árduos vem se repetindo ano após ano.

Com duração de 45 semanas, o curso para fazer parte do Grumec é o mais longo entre todos os cursos das forças especiais brasileiras.

Entre as disciplinas que os futuros MeCs deverão dominar, estão:

  • Treinamento físico militar
  • Combate corpo a corpo
  • Primeiros socorros
  • Equipamento autônomo de circuito aberto e fechado
  • Técnicas de combate
  • Operações ribeirinhas
  • Demolições
  • Armamento
  • Técnicas de reconhecimento de praia
  • Operações especiais submarinas
  • Sistema de comunicações da Marinha
  • Inteligência.

As vagas são divulgadas internamente, nos documentos conhecidos como “bono”, nos quais o Comando da Marinha informa a tripulação de seus assuntos.

Lembre-se que, para isso, você precisará antes se formar em uma das escolas de Aprendizes Marinheiros, a primeira missão que você terá que cumprir. Conte com o Curso Maciel para chegar lá!

Quantos Grumec tem no Brasil?

Uma tropa altamente especializada e acionada apenas em missões não convencionais atua sempre com máximo sigilo. Por isso, a Marinha do Brasil não divulga o efetivo que compõe o Grupamento de Mergulhadores de Combate.

Conclusão

Sentiu que o Grumec Marinha é o seu lugar?

Então, chegou a hora de tomar a decisão que vai mudar a sua vida.

Já estão abertas as turmas para Aprendizes Marinheiros do Curso Maciel, há mais de 20 anos sua referência em concursos públicos militares em São Gonçalo e região!

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