Depois de décadas de expectativa, o sonho se torna realidade: a Marinha confirmou a primeira turma de aprendiz de marinheiro feminino para o próximo ano.
Não apenas isso, está também confirmada a inclusão das mulheres nos próximos cursos de formação de soldados fuzileiros navais. Assim, completa-se o processo de inserção das mulheres em todos os quadros, corpos e centros de instrução da Marinha.
Trata-se de uma grande conquista e um justo reconhecimento às capacidades das mulheres, que podem exercer com a mesma competência cargos administrativos e operacionais na caserna e a bordo.
É possível ser aprendiz de marinheiro feminino?
O ano de 2023 entrará para história por ser o primeiro em que as mulheres serão admitidas nas Escolas de Aprendizes Marinheiros.
Do total de 686 vagas abertas inicialmente, 48 foram reservadas para as futuras marinheiras, que poderão optar pelas mesmas áreas dos alunos do sexo masculino: Mecânica, Eletroeletrônica e Apoio.
Lembrando que, dentro destas áreas, a marinheira pode, ao fazer o curso para cabo, optar por uma especialidade, a qual exercerá ao longo de sua carreira na Marinha.
Como ingressar na EAM no quadro feminino?
O concurso para ser aprendiz de marinheiro feminino é o mesmo prestado pelos candidatos homens. Portanto, não é necessária nenhuma preparação além da que já se conhece, à exceção dos testes físicos, que, para as mulheres, são aplicados com índices diferentes.
Portanto, no exame intelectual elas concorrerão às vagas reservadas em igualdade de condições, o que é mais um motivo para antecipar o máximo possível a preparação.
Para o próximo concurso, estão previstas 50 questões, divididas pelas seguintes disciplinas:
- Matemática – 15 questões
- Português – 15 questões
- Ciências (Química e Física) – 15 questões
- Inglês – 5 questões.
Cada resposta certa vale 2 pontos e, para obter a aprovação, é necessário fazer um mínimo de 50 pontos de 100 possíveis.
E o plano de carreira para mulheres na Marinha?
Ingressar como aprendiz de marinheiro feminino vale a pena porque é garantida a igualdade de condições para as mulheres em relação às promoções durante a carreira.
Essa isonomia vem se observando desde 2012, ano em que, pela primeira vez, uma mulher foi promovida a um posto de oficial-general, com a promoção de Dalva Maria Carvalho Mendes a Contra-Almirante (Md).
Como praça, as suas futuras promoções serão realizadas com base no primeiro critério, que é o interstício, ou seja, o tempo mínimo dentro de uma graduação. Veja quais são:
- Marinheira: 3 anos
- Cabo: 6 anos
- 3º sargento: 5 anos
- 2º sargento: 5 anos
- 1º sargento: 5 anos
Observe que esses são tempos mínimos, portanto, você poderá ser promovida ou não dentro desses prazos, dependendo do número de vagas e da sua pontuação.
Mas, para que isso aconteça, é necessário que o primeiro passo seja dado.
É aqui que o Curso Maciel entra, ajudando você a se preparar para fazer história. Vamos em frente?