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Quilombo dos Palmares: exemplo de luta e resistência

Por prof. Leo Martins

Durante o período colonial, os escravos “eram os pés e as mãos dos senhores de engenho”, como enfatizou André João Antonil, autor de “Cultura e Opulência do Brasil”. Como bem observou o jesuíta, tal mão de obra foi largamente explorada nos engenhos de açúcar, na mineração e nas fazendas de café. Fica aqui comigo para conhecer essa história!

O (sempre) complicado regime escravocrata brasileiro

O processo de escravização do negro africano no Brasil nunca foi fácil. Ocorreram por parte dos escravos várias formas de resistência, como era de se esperar: passividade no trabalho, suicídio, assassinatos e, principalmente, fugas. Os africanos negavam de várias formas a sua condição de escavo.

A fuga era a principal forma de resistir ao trabalho escravo. Ao fugir, eles se reuniam e formavam comunidades nos interiores, desafiando as autoridades. Essas comunidades eram compostas por mocambos (conjunto de casas), que juntas formavam um quilombo, liderado por um chefe denominado Zumbi.

O crescimento do quilombo dos Palmares

As comunidades quilombolas preocupavam as autoridades, enquanto os fazendeiros praticavam agricultura e mantinham relações comerciais com cidades vizinhas. Muitos quilombos se formaram ao longo do Brasil Colônia, e neles, os escravos fugitivos mantinham viva a sua cultura.

Palmares localizava-se no atual estado de Alagoas e é considerado o maior quilombo do Brasil. Recebeu esse nome devido à grande quantidade de palmeiras na região. As invasões holandesas no Nordeste, principalmente a partir de 1630, causaram uma grande instabilidade nos engenhos de açúcar, o que acabou motivando a fuga em massa de muitos escravos. Assim surgiram diversos quilombos nesse período, inclusive Palmares, que em 1675 chegou a ter entre 20 e 30 mil habitantes.

O início do fim da resistência

Em 1654, a Insurreição Pernambucana expulsou os holandeses do Nordeste. Como os holandeses ajudavam os senhores de engenho na compra de escravos, começou a faltar mão de obra. Tal escassez de escravos incentivou as autoridades a dar um fim definitivo ao Quilombo de Palmares, que ainda instigava muitos escravos a arriscar fuga.

Muitas foram as tentativas de se destruir o maior quilombo do Brasil, porém, todas fracassavam, o que mostra a força das comunidades quilombolas. Só em 1694 o experiente bandeirante Domingos Jorge Velho, apoiado com forte material bélico e muitos homens conseguiu finalmente destruir Palmares. Zumbi dos Palmares foi capturado e morto um ano depois. No entanto, essa história de luta não terminou com o fim de Palmares, que serviu de exemplo de resistência contra a escravidão até a abolição em 1888. Mas essa é uma outra história que vou contar depois para você, aqui, no blog do Curso Maciel!

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