Você tem curiosidade em saber como é a vida de um sargento do Exército depois de formado?
Lembro bem de como eu ficava preocupado antes de entrar para a Marinha com a questão das folgas, em razão da conhecida rotina militar de serviços.
Com sargento do Exército não é diferente.
Mas, se por um lado os serviços em regime de plantão são uma realidade, por outro eles são bem menos frequentes quando se é sargento.
Mas e o dia a dia, ou melhor, o expediente normal? De que forma a rotina diária pode interferir na vida pessoal de um militar de carreira do Exército?
Pelo que vejo dos meus ex-alunos, posso assegurar que é uma vida normal, como a de todo membro das Forças Armadas.
Leia este conteúdo e entenda o que acontece!
Afinal, como é a vida de sargento do Exército depois de formado?
Normalmente, quem faz essa pergunta tem a expectativa de encontrar ao longo da carreira militar a mesma rotina de aluno.
É compreensível achar que a vida de sargento vai ser igual ao que é apresentado na ESA.
Contudo, o que acontece depois de formado é bem diferente.
Os cursos de formação servem também como uma transição da vida civil para a militar.
Portanto, é preciso um rigor maior para moldar o jovem para a carreira que está só começando.
Uma vez formado, ele estará pronto para seguir em frente, conhecendo a disciplina que é peculiar a todo quartel.
Em outras palavras: depois de formado, você certamente não será mais tratado como um aluno ou alguém que acabou de chegar.
Presume-se que todo sargento do Exército seja conhecedor dos seus direitos e deveres, logo, não existirá mais aquela pressão toda.
A vida do aluno da ESA
Um sargento do Exército brasileiro se forma em um curso de duração de 44 semanas, o qual é dividido em duas etapas: uma de formação básica, em que ele entra em contato com as disciplinas militares fundamentais.
Na segunda, considerada de especialização, o futuro sargento aprende as funções conforme a arma que tenha escolhido no momento da inscrição para o curso de formação.
Pode parecer uma eternidade — e é, para quem está lá dentro — mas esse é um tempo relativamente curto, quando se tem muito para aprender.
Não por acaso, a rotina dos alunos da ESA é bastante corrida. Não se pode perder um minuto sequer!
Essa pressão e cobrança em meio a aulas de ordem unida, armamento, regulamento disciplinar e outras matérias tem sua razão de ser. Tudo isso em regime de internato, vale lembrar.
Isso porque, como sargento, você será o elo de ligação entre o comando de sua unidade e os cabos e soldados.
Portanto, você estará sempre comandando e sendo comandado, o que aumenta ainda mais a sua responsabilidade.
O que é “lobinho” na ESA
No meio jornalístico, são chamados de “focas” os profissionais recém formados que acabam de ser admitidos em uma redação.
Já no Exército, o termo usado para designar o sargento que acabou de se formar na ESA é “lobinho”, provavelmente em alusão ao nome “Wolf (lobo)” de Max Wolf, o nome oficial da ESA.
Pode parecer pejorativo, mas não tem nada de desabonador ser chamado dessa forma.
Muito pelo contrário, ser um “lobinho” é uma experiência tão empolgante quanto ser aluno da ESA.
É nessa fase que o sargento coloca em prática pela primeira vez aquilo que aprendeu ao longo do curso de formação.
A atenção precisa ser redobrada, já que é comum ver “lobinhos” cometendo erros em serviço, alguns dos quais podem até levar a punições disciplinares.
Mas, se você usar o que aprendeu no curso, dificilmente vai se ver nesse tipo de situação.
Servindo em regiões distantes
O Exército Brasileiro tem, entre suas funções, proteger o território nacional e zelar pela integridade das nossas fronteiras.
Isso significa que, depois de formado, é bem possível que você seja designado para servir em regiões distantes do país.
Esteja pronto para se deslocar para as áreas mais longínquas do Brasil, inclusive batalhões no meio da selva.
Por mais desafiadora que seja essa experiência, acredite: será uma fase da sua carreira memorável.
Então, o que posso dizer para os que vierem a servir nos rincões mais remotos dos país é: aproveitem para se aperfeiçoar como militares e como pessoas.
Não se esqueça de que você está servindo à pátria, uma função das mais nobres. Milhares lutam todos os anos para ter essa oportunidade.
É verdade que fica a saudade da família, mas é só lembrar que o período destacado em unidades de selva ou de fronteira é relativamente curto.
O que um sargento pode fazer à paisana
“Faça do quartel sua casa, mas não faça da sua casa um quartel”, foi uma das sábias frases que ouvia dos meus instrutores no curso de formação de fuzileiros navais.
E o que isso quer dizer?
Significa que, dentro de sua unidade, o militar precisa de um ambiente tão acolhedor e familiar quanto a sua própria casa, já que é nela que passará boa parte do seu tempo.
Mas, saindo do quartel, a hierarquia e disciplina devem ficar dentro dos seus muros, principalmente dentro de casa, onde não cabe o rigor do militarismo.
Sendo assim, estando à paisana, o melhor que um sargento do Exército pode fazer é aproveitar ao máximo a família e os amigos.
Passear, ler, ir ao cinema, à praia ou simplesmente relaxar em casa são alguns dos passatempos que eu particularmente recomendo.
E o restante da carreira?
Depois de formado, você terá pela frente uma carreira de 30 anos. É tempo de sobra para conhecer como é a vida de um sargento do Exército depois de formado, certo?
Nesse período, você deverá passar por diversas promoções, indo a segundo sargento, primeiro sargento, suboficial e até oficial, se assim desejar.
Conclusão
Agora que você viu como é a vida de um sargento do Exército depois de formado, deve estar ainda mais motivado para fazer o concurso para a ESA, certo?
O Curso Maciel ajuda você a cumprir essa missão, com turmas de estudos direcionados para o concurso de admissão à Escola de Sargentos das Armas.
