A trajetória das mulheres na Marinha só comprova o que todos já sabem: lugar de mulher é onde ela quiser.
Desde que se formou a primeira turma feminina na “briosa”, as mulheres vêm desempenhando as mais variadas funções, inclusive fazendo parte das forças de combate.
Hoje, celebramos os feitos das mulheres nas diversas carreiras na Esquadra, como o da almirante médica Maria Cecília Barbosa, a primeira negra a alcançar o posto máximo da Marinha do Brasil.
É uma mostra inequívoca de que as Forças Armadas são um espaço democrático, em que todos têm oportunidades de mostrar o seu valor.
A Marinha do Brasil, particularmente, já deixou há muito tempo de ser uma força considerada “elitista”, onde mulheres, negros e pardos não tinham vez.
Você, mulher, pode fazer parte dessa história, preparando-se para ser mais uma a cerrar fileiras e contribuir para o crescimento da Armada e do Corpo de Fuzileiros Navais.
Quando ingressaram as primeiras mulheres na Marinha?
A primeira turma exclusivamente feminina vestiu o uniforme da Marinha em 1980, com a criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva.
Em 1981, formaram-se as primeiras turmas, compostas por praças e oficiais.
Passaram-se então 16 anos até que a MB viesse a reformular o plano de carreira, a fim de adequar os processos seletivos para uma realidade em que as mulheres estavam conquistando mais direitos.
Portanto, a partir de 1997 a mulher viria a aumentar a sua participação, passando a concorrer com os militares do sexo masculino a cargos diretivos e funções de comando.
Em 2001, um novo marco, com o ingresso das primeiras mulheres no Corpo de Fuzileiros Navais, no quadro de sargentos músicos.
Onze anos depois, a MB celebraria a primeira mulher no quadro de oficiais generais, com a promoção da Capitão-de-Mar-e-Guerra Dalva Mendes a Contra-Almirante.
2024 também será um ano histórico, com o ingresso das primeiras mulheres no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais.
Existe algum quadro que não admita mulheres?
Até 2023, o único quadro da Marinha em que as mulheres não eram admitidas era o de praças Fuzileiros Navais.
Como vimos, a partir de 2024 isso vai mudar, com a formatura das primeiras mulheres na tropa anfíbia.
Claro que o Curso Maciel está atento a essa mudança e já está mobilizado para receber as jovens que pretendem se tornar Fuzileiros Navais.
A propósito, 2023 também é o ano em que as primeiras mulheres se formaram nas Escolas de Aprendizes Marinheiros, carreira que, até aqui, era exclusiva para homens.
Como ingressar como Marinheiro?
A partir do que vimos, este foi o primeiro ano em que as mulheres se formaram em uma turma de Aprendizes Marinheiros.
O concurso público para o preenchimento de vagas foi realizado em 2022, e abriu 686 vagas, 638 para homens e 48 para mulheres.
Sendo assim, para ingressar na Marinha pela EAM, tudo que você, mulher, precisa é prestar o concurso que abre anualmente.
A primeira etapa é o exame intelectual, no qual as candidatas respondem a 50 questões objetivas, distribuídas da seguinte forma:
- Português (15);
- Matemática (15);
- Ciências (15);
- Inglês (5).
Assim como os homens, as candidatas também precisam ser aprovadas no Teste de Aptidão Física, composto pelas provas de:
- Natação: 50 metros em dois minutos e vinte segundos para o sexo feminino;
- Corrida: 2.400 metros no tempo máximo de dezesseis minutos para o sexo feminino.
Lembrando que, na prova de natação, é proibido executar o nado estilo “cachorrinho”. Os demais estilos estão liberados.
E o plano de carreira, como funciona?
Até 2017, o plano de carreira da Marinha do Brasil restringia o acesso de mulheres aos postos mais altos.
Isso mudou com a sanção da Lei 13.541/2017, pela qual ficou estabelecido que as militares do sexo feminino podem galgar todos os postos nas Forças Armadas.
O diploma modificou a Lei nº 9.519, de 26 de novembro de 1997, que dispunha sobre a reestruturação dos Corpos e Quadros de Oficiais e de Praças da Marinha.
A partir de então, as mulheres passaram a concorrer em pé de igualdade com os homens a todas as graduações e postos, inclusive oficiais generais.
É verdade que as mulheres ainda são minoria, mas, com o tempo, a tendência é que cada vez mais militares do sexo feminino venham a alcançar postos de comando elevados.
As mulheres têm os mesmos benefícios?
Com a mudança no plano de carreira, as mulheres passaram a ter exatamente os mesmos benefícios que os homens.
Ou seja, além dos direitos inerentes a todo militar, elas também podem ser promovidas e chegar às graduações mais altas e funções de comando.
De qualquer forma, nunca é demais relembrar que os militares em geral têm uma série de benefícios e direitos exclusivos.
Além do plano de carreira, todo militar tem direito a assistência médica, odontológica e psicossocial, extensiva aos dependentes e cônjuges.
Isso sem falar da estabilidade que, na Marinha, chega oficialmente com 10 anos de serviço, embora aos 5 o militar já possa se considerar estabilizado de forma extra-oficial.
Outra vantagem é quem junto com as promoções, vêm os reajustes e incorporação de gratificações e adicionais.
Portanto, uma carreira na Marinha, tanto para homens quanto para mulheres, é a certeza de um emprego estável e uma remuneração crescente.
O que esperar para os próximos anos?
Não há a menor dúvida de que, daqui para frente, a participação das mulheres na Marinha e nas Forças Armadas deve aumentar em número e relevância.
Você, jovem, pode fazer parte disso, ingressando como oficial ou nas Escolas de Aprendizes Marinheiros.
Conte com o Curso Maciel e prepare-se para uma carreira intensa e cheia de desafios!
Conclusão
As mulheres na Marinha vieram para ficar, dando ainda mais status à carreira na Armada e no CFN.
Está nas suas mãos garantir uma carreira repleta de realizações e remuneração à altura.
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